Após um ciclo de palestras e debates, a IV Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional chegou ao fim na tarde de quinta-feira, 24. Durante o evento foram discutidas propostas com o objetivo de fortalecer a política de segurança alimentar, traçando estratégias e ações que devem ser empreendidas pelo governo e pelas organizações sociais para combater a fome e contribuir para a superação da insegurança alimentar.

As propostas escolhidas durante o encontro serão levadas para a Conferência Territorial e Estadual. Além disso, também foram eleitos os delegados que representarão o município na etapa territorial. A coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional do município, Karine Barros, ressaltou como os debates são necessários para fortalecer a política municipal de segurança alimentar. “As conferências são um espaço para analisarmos e refletirmos acerca das questões que permeiam a segurança alimentar e nutricional, elaborando propostas para essa pauta”, afirmou Karine.

Os debates foram organizados em três eixos principais, sendo eles: Eixo 1 – determinantes estruturais e macrodesafios para a soberania e segurança alimentar e nutricional; Eixo 2 – sistema nacional de segurança alimentar e nutricional e políticas garantidores do direito humano à alimentação adequada; e Eixo 3 – democracia e participação social.

Entre as propostas escolhidas estão: a implementação da educação alimentar e nutricional nos currículos escolares; a ampliação da política de restaurantes populares, com a instalação de uma nova unidade na zona oeste da cidade; criação de aplicativos como mecanismo de acompanhamento e monitoramento de políticas públicas; e a descentralização das reuniões do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea).

A professora de nutrição da Universidade Federal da Bahia, Vivian Honorato, esteve presente em todos os debates e relatou que a experiência foi enriquecedora. “A conferência nos permite debater caminhos que levem à soberania alimentar e nutricional da nossa comunidade. Esse debate leva em conta a diversidade do nosso país, por isso aqui estão presentes funcionários do serviço público, agricultores e membros da sociedade civil, com o objetivo de combater a fome”, afirmou Vivian.