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Postado em 6 de agosto de 2025 as 13:33:34
Como parte da programação do Agosto Lilás – “Fala, Maria. Toda voz conta. Toda denúncia salva!”, uma equipe do Centro de Referência Albertina Vasconcelos (CRAV) realizou uma roda de conversa para crianças de seis a 12 anos, nesta quarta-feira (6), a convite do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Miro Cairo. O encontro aconteceu na sede do Cras e reuniu 12 meninos e meninas.
Através de brincadeiras lúdicas, advindas do universo infantil, a exemplo de perguntas simples com plaquinhas de “sim” e “não” para as respostas, e o uso das cores do semáforo – verde, amarelo e vermelho – para mostrar as partes do corpo humano “onde pode tocar”, “atenção, cuidado” e “não pode tocar”, as educadoras ensinaram as crianças sobre o que é e a importância do Agosto Lilás, quais os tipos de violência, o que pode ser feito enquanto criança para evitar e procurar ajuda, entre outros conhecimentos sobre o tema. Todas as crianças puderam participar de alguma forma.
Para a gerente do Crav, Ingrid Fraga, esse momento é importante para trabalhar, desde a infância, o tema violência contra a mulher e repercutir também no futuro. “O que a criança passa dentro de casa também influencia em sua vivência e crescimento. O objetivo de hoje é mostrar para a criança como ela deve tratar os familiares, os coleguinhas na escola, para não crescerem violentos”, explicou Ingrid.
- Ingrid
- Eliane
- Juscileia
A iniciativa da roda de conversa foi da equipe do Cras Miro Cairo que viu na oportunidade um momento de fazer algo diferente dos outros anos. “Este ano, queríamos trabalhar a campanha de forma diferente porque sempre era realizado com os idosos e adultos. A gente percebeu que era necessário trabalhar essa consciência da proteção à mulher com esse público infantil também. Começar a mostrar essas informações, desde pequenos, porque, a partir daí, ela vai levar para casa, para a escola, para os colegas também criarem essa consciência da importância da mulher na sociedade”, disse a gerente da unidade, Eliane Cruz. “A gente sempre adequa qualquer tema para o grupo infantil para que já comece a entender como funciona a sociedade, as regras, para que eles criem um mundo melhor para eles”, complementou.
A educadora social do Cras, Juscileia Reis, conduziu a dinâmica. “Eu já trabalho há quase 10 anos com crianças, e falar para elas é parte essencial de qualquer tema que for trabalhado. E agora o ‘Fala, Maria’, que estamos trabalhando no Agosto Lilás, trabalha a questão da violência contra as mulheres. Então, para que isso não venha ocorrer no futuro, a gente precisa ensinar essas crianças o que é a violência doméstica e de que maneira isso pode ser prevenido. E ensinar não só para as mulheres, mas para os meninos também, porque eles serão os adultos do futuro e a forma como eles tratarão aquelas pessoas que estarão ao seu redor vai ser uma forma de prevenir também essa violência”, disse a educadora.
“Violência contra a mulher é crime”
Joaquim, de 9 anos, foi um dos participantes da roda de conversa. “É importante para todo mundo saber porque evita que as pessoas batam em mulheres, porque não pode praticar violência”. Sua colega Nicole, de 10 anos, concordou. “Eu acho importante porque tem que respeitar as mulheres, bater em mulher é crime“.
- Joaquim
- Ismael
Ana Vitória, 11 anos, também aprendeu muito. “Eu vim hoje porque minha mãe me matriculou para eu aprender mais. Aprendi hoje que a gente não pode fazer violência, fazer bullying, porque é crime”. Assim como Ismael, 12 anos. “Bater em mulher é crime e elas podem chamar a polícia”.
Agosto Lilás
O Agosto Lilás é uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, realizada em todo o Brasil durante o mês de agosto. A escolha do mês está relacionada à promulgação da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 7 de agosto de 2006, e é uma das principais legislações brasileiras de combate à violência doméstica e familiar.
Alguns objetivos do Agosto Lilás: conscientizar a sociedade sobre a importância de prevenir e combater todas as formas de violência contra a mulher, divulgar os canais de denúncia, como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), incentivar vítimas e testemunhas a denunciarem agressões, e fortalecer políticas públicas voltadas para a proteção, acolhimento e empoderamento das mulheres.
A cor lilás foi escolhida por ser um símbolo da luta dos direitos das mulheres. Este ano, o tema é “Fala, Maria. Toda voz conta. Toda denúncia salva!”. A programação segue até o fim do mês com ações diversificadas, a exemplo de palestras, rodas de conversa, balcão informativo e visita técnica.
Confira as atividades dos próximos dias:



















