Começou ontem (1º), a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência em Vitória da Conquista, com um evento realizado na Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente com integrantes do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA) e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

A ação foi realizada de forma dinâmica, com atividades educativas para orientar os adolescentes sobre assuntos que permeiam essa fase da vida e que trazem muitos questionamentos, como a sexualidade, planejamento reprodutivo, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), prevenção da violência, dentre outros temas.

Franceline participa ativamente das ações no CRAS 4

A adolescente Franceline Pereira, de 14 anos, representante do Cras 4 tem aprendido diariamente sobre os cuidados com o próprio corpo. “No começo é meio confuso porque você não entende direito e a gente precisa saber disso antes pra evitar, usar o preservativo, saber a hora certa, o certo e o errado, e respeitar o outro. Não é escolha de muitas pessoas engravidar, mas algumas meninas acabam engravidando por não conhecer e não saber se prevenir”, ressaltou a jovem.

A subsecretária de saúde, Kalilly Lemos, que participou da ação, reforçou a importância de não tratar os temas que envolvem a adolescência como um tabu. “É uma fase muito importante da vida, que traz muitos medos e preocupações, e nós precisamos falar sobre isso com eles. É uma forma de até de participarem da construção de políticas públicas que sejam eficientes para eles”, afirmou.

A Semana é uma mobilização desenvolvida pelas secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social e Educação, com o objetivo de reduzir os índices de gravidez na adolescência levando informações educativas para esses jovens. “A gente quer que os nossos adolescentes tenham informações de como é importante vivenciar essa fase da vida de uma maneira segura, com seus direitos sexuais e reprodutivos assegurados, pela saúde, educação e também pela família”, pontuou Laís Pinheiro, mobilizadora da Assistência Social e do NUCA.

O trabalho desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos ajudou a reduzir a incidência da gravidez precoce no município. Em 2016, foram registrados 900 nascidos vivos de mães adolescentes entre 10 e 19 anos, já em 2021, o número reduziu para 608. O objetivo é alcançar números cada vez menores para que os adolescentes possam vivenciar cada fase da vida fazendo escolhas que refletirão positivamente na vida adulta.