Nesta terça-feira (14), o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) promoveu uma roda de conversa para discutir o trabalho infantil doméstico realizado por meninas. As discussões aconteceram no Cras Nossa Senhora Aparecida e contou com a participação dos mobilizadores do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (Peti).

Estiveram presentes na roda de conversa os adolescentes que integram o Nuca e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Cras Nossa Senhora Aparecida. Ao longo da ação, os adolescentes falaram um pouco sobre a sua visão a respeito do trabalho infantil e participaram de dinâmicas promovidas pela equipe do Peti com o objetivo de conscientizar os jovens sobre os seus direitos e os perigos do trabalho infantil.

A mobilizadora do Nuca, Laís Pinheiro, relatou que por se tratar de um tema muito amplo, a equipe optou por focar no trabalho doméstico realizado por meninas. “Os próprios adolescentes do Nuca decidiram, através Plano de Participação Cidadã de Adolescentes em 2021, que era necessário haver mais campanhas visando combater o trabalho infantil. Por esse motivo estamos realizando essa ação e com o foco nas meninas que são as maiores vítimas do trabalho doméstico infantil”, explicou Laís.

A gerente do Cras Nossa Senhora Aparecida, Marli Cruz e a articuladora do Nuca, Laís Pinheiro

Para a articuladora do Peti, Carine Aragão, o trabalho doméstico infantil é invisibilizado, o que faz com que muitas crianças e adolescentes não sejam percebidas quando em uma situação de violação de direitos. “Queremos que esses adolescentes passem a reconhecer o que é trabalho infantil. O trabalho doméstico, muitas vezes, é invisível, a gente não consegue perceber com facilidade. Por esse motivo, o nosso trabalho é educativo, estamos levando informações até esse público”, relatou a Carine.

Adriele Gomes, de 13 anos, participou da roda de conversa e relatou que através do Cras e do Nuca já participou de várias debates sobre o trabalho infantil e aprendeu porque ele deve ser combatido. “Eu sei que o trabalho doméstico pode prejudicar meninas da minha idade. Essas conversas me ajudam a perceber quando ele acontece e denunciar caso seja preciso.”