A sexta etapa do ciclo formativo do Suas aconteceu no Centro de Convivência do Idoso (CCI)

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) encerrou, nesta sexta-feira (1º), a sexta etapa do seminário “Educação Permanente no Fortalecimento Institucional do Suas”, voltado para os trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) de Vitória da Conquista. O evento reuniu a equipe de gestão do Suas, no Centro de Convivência do Idoso (CCI), e teve como objetivo discutir estratégias para o aprimoramento da execução da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) no município.

Além dos trabalhadores e gestores da Semdes, que estão sendo acompanhados desde abril de 2024, a sexta etapa do ciclo formativo também alcançou os servidores contratados na última convocação do Processo Seletivo Nº 003/2022 e profissionais vinculados às Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Essa é a última etapa do ciclo formativo que terá o encerramento oficial na próxima quinta-feira (7), no auditório da Faculdade Santo Agostinho (FASA), unidade do Boulevard Shopping, com a avaliação dos sete meses de realização.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Michael Farias, ampliar o percurso formativo dos trabalhadores do Suas irá impactar diretamente na qualidade dos serviços ofertados às famílias conquistenses. “Nós avaliamos a maneira como a gente se organiza para ofertar serviços à população, como a gente faz a gestão da assistência social do município e, principalmente, construiu as bases para uma reestruturação ampla na gestão do Suas em Vitória da Conquista. A perspectiva é de um Suas cada vez mais forte e efetivo, que enfrente todos os fatores que geram desigualdades sociais e que impactam na vida das pessoas”, avaliou o secretário.

O ciclo formativo tem sido mediado pela equipe da Vira e Mexe, formada pela professoras Abigail Torres, Yheda Gaioli, Ana Lígia Gomes e Stela Ferreira, que são referências nacionais na área de assistência social. De acordo com a professora Abigail Torres, o ciclo formativo do Suas proporciona aos trabalhadores as ferramentas necessárias para lidar com os desafios diários. “As escolhas que a gente fez nesse percurso serviram justamente para fortalecer o trabalho das equipes em duas direções: conhecer melhor a realidade de Vitória da Conquista, entendendo as expressões da desigualdade e os pontos de proteção das pessoas, e ampliar o repertório das equipes para o trabalho social com as pessoas. No seminário, a gente vai discutir como dar continuidade a esses processos aprendidos na formação”, pontuou a professora.

Para a professora Ana Lígia, que tem atuado principalmente na mediação com os gestores, a educação permanente também é uma estratégia que gera autonomia aos trabalhadores, fazendo com que, ao aprenderem a teoria, eles se tornem atores atuantes no aprimoramento dos serviços ofertados. “Esse tipo de trabalho de educação permanente é o que deixa mais raízes, porque os trabalhadores conseguem aprender fazendo. Nesse ponto de vista, eles aprendem para sempre determinados conceitos da assistência social, a forma de se virar para trabalhar. Eu entendo que em qualquer lugar que eles chegarem, eles vão conseguir dar qualidade ao trabalho. Dando qualidade ao trabalho, eles conseguem manejar bem os serviços para fazer o melhor pelas famílias. Quando o trabalhador compreende o que faz, ele vai sempre saber manejar essas situações da melhor forma possível”, explicou Ana Lígia.

A coordenadora da Associação de Pais e Amigos Excepcionais de Vitória da Conquista (Apae), Leda Freitas, participou da sexta etapa do ciclo formativo voltados para profissionais das OSCs, que aconteceu no auditório do Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cidca), na última quinta-feira (31). Para ela, a formação irá contribuir no aprimoramento da oferta de serviços da assistência social em Vitória da Conquista. “A minha avaliação é que toda a rede de assistência social precisa estudar muito. Com essa capacitação, eu entendo que vamos oferecer um trabalho com mais qualidade para as famílias, com menos julgamento. Foi bem colocado que nós precisamos levar uma assistência social para todos, não só para a classe mais pobre”, ressaltou Leda Freitas.